Sunday, August 28, 2011

amor

Um dia disseste-me adeus e eu fiquei sem querer sentir
as nuvens choveram lágrimas de ser quando eu te vi partir.
Mas mesmo no fim do episódio deste-me as mãos espiritualmente
assim
hoje os teus olhos azuis brilham ainda dentro de mim.
Os meus, multicolores, agitam-se em pensamentos de fel
que parecem dançar até ao fim,
mas é nesse momento que se acalmam
no longínquo teu bem estar,
onde te quero a amar
a contemplar,
raramente a guerrear
nos confins do teu jardim.
Na minha mente vejo a fotografia do teu sorrir,
na audição,
para tantos uma maldição,
ouço a melodia doce de teu livre rir,
nas mãos, que um dia foram tuas, tacteio e carrego sempre
o leve peso do teu corpo,
no olfacto retenho as leis do nosso desejo
e no paladar tenho a eternidade do teu beijo.
Agora o meu coração,
que inquieto procura em vão, encontrando sempre o não
sereno anseia por encontrar o sim
procurando, sempre no amor,
a maciez
a embriaguez do cetim